sábado, 13 de março de 2010

Há momentos em que me questiono o que será mais simples.
Se deixar de me iludir e deixar-me levar na maré. No entanto isso era admitir que desisti de algo no qual tantos anos depositei todas as esperanças e que parece ter devastado o meu ser.
Encontrei neste momento o que se perdeu em poucos anos, a revolta necessária que sempre pensei dar a força necessária a minha maldita alma... a minha carcaça frágil. Estou completamente enganada.
Sinto-me completamente perdida, sem rumo. Não sei que caminho seguir e se há algum caminho que deva seguir. É como se me tivessem tirado a única coisa que me restava.
As palavras que nunca te poderei dizer. Os sentimentos que nunca mais voltarei a viver. Os momentos que perdi. E sobretudo o coração que se enterrou.
Isto tudo junto dá uma explosão de emoções simultâneas. Em momentos de desespero já nem o choro me conforta.
Quanto mais em frente caminho, mais fundo me enterro.
Enterro-me hoje numa angústia tão sufocante quanto a que vivi a 9 anos atrás.
A diferença está que quantos mais anos passam, fico sem capacidades para gerir emoções.
Só me resta encontrar novos objectivos... Já que perdi a única coisa em que acreditava.
Se eu pudesse... Se me deixassem mesmo... Não ficava nada para te dizer.
Mas ficou...

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